Eleições 2020 no interior de Cachoeira do Sul.
José Cleber Leão é mesário voluntário a 8 anos na mesa 39 da capela São José de Palmas, Barro-vermelho. Ele conta que o trabalho do mesário começa efetivamente na véspera das eleições mas que antes a o treinamento, “Mais ou menos em torno de 30 dias das eleições a gente vai na cidade um dia e faz o treinamento lá e no dia anterior às eleições a gente recebe as urnas”. Neste ano porém os treinamentos foram online.
Leão afirma que geralmente não há brigas nem aglomeração nesta seção eleitoral, mas que depende muito de como está o andamento dos trabalhos nas lavouras, por ser uma região rural.
Neste ano as mesas de votação do local, 39 e 170, irão ser fundidas, segundo informação do Cartório da 10ª Zona Eleitoral, o que é contraditório visto que a orientação é evitar aglomerações. Leão acredita que “o problema maior deste ano será a mesa única, porque irá dar aglomeração com certeza, ainda mais sendo uma mesa só”. Por ser uma região com grande número de conhecidos que votam por muitos anos na mesma mesa e que tem os mesmo mesários sempre, Leão acredita que a fusão destas aumentará o tempo de espera devido a necessidade de procurar por mais nomes, que antes eram de outra mesa, nos cadernos de votação.
A mesária mais antiga da região de Palmas.
Cirlei Copetti Jann atuou como mesária voluntária por pelo menos 52 anos, voluntariou-se logo após tirar o título de eleitor, com 18 anos, e mesmo aos 72 anos, não havendo mais obrigatoriedade de votar, irá votar nas eleições deste ano, pois acredita que é importante votar e contribuir para a democracia. Ela afirma que decidiu deixar de ser mesária por acreditar “que os jovens também tem que participar do processo eleitoral”, e assim deixou seu cargo para uma pessoa mais jovem assumir.
Cirlei conta que adorava o contato com o público e que como mesária podia rever pessoas queridas que não revia à muito tempo, além disso era sempre possível fazer novas amizades, “fiz muitas amigas no cartório eleitoral”, afirma ela.
Ela relembra ainda que a organização das eleições começavam em julho, com os cursos de preparação, que ela já não participava mais por estar atuando a muitos anos, e que 45 dias antes das eleições havia a convocação, que servia para saber se os candidatos a mesário poderiam mesmo atuar.
